A canção não é agraciada por uma estrutura introdutória padrão, daquelas em que o instrumental vai, gradativamente, evidenciando o conteúdo total da paisagem estrutural. Aqui, o que acontece é a performance simultânea, delicada e intimista elaborada entre a voz grave e cuidadosamente rouca de Lumin e a guitarra em meio ao seu riff suavemente trotante através de uma sonoridade fragilmente distorcida.
De natureza intimista, fresca e até mesmo explorando uma esfera de caráter acústico, a canção parece ir explorando cada vez mais um ambiente que se mistura entre o inconsciente e o real. É como se, de alguma forma, a voz de Lumin soasse como a representação da mente falando diretamente com o indivíduo, ato esse que se demonstra através de uma postura agradavelmente terna.
Surpreendentemente, porém, quando o ouvinte parece estar conformado com uma estrutura instrumental minimalista, a canção flui para uma atmosfera solar e lexicalmente fresca a partir de uma demonstração mais viva e alegre da performance da guitarra. Sugerindo requintes de um indie rock, ela se evidencia em silhuetas valsantes que dão uma curiosa conotação de liberdade junto ao compasso de ligeira sensualidade proferido pela bateria.
Encantando o espectador com a sua simplicidade aveludada e branda, a composição, ao transitar para sua segunda metade, evidencia, definitivamente, um instrumental mais completo com a presença de uma segunda guitarra e do baixo desfilando um suave encorpamento na base melódica. Com esse arranjo que transpira fragilidade e frescor, On My Own se configura como uma música que exalta energias positivas de maneira inebriante.
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