Um álbum desafiador em sua proposta, com grande conjunto de onze canções que alia uma sonoridade ambient a elementos de música erudita. O resultado é fenomenal! O italiano Pietro Borradori com “Dual”, nos proporciona uma experiência sensorial das mais incríveis, trazendo um vanguardismo único que permeia entre o diálogo direto entre a música clássica e a experimental.
O minimalismo acentuado que transita entre a repetição plural, onde combina sons de cordas acústicas com algumas técnicas estendidas de piano, proporciona uma “abdução” de sinergia que causa naturalmente um transe imediato no ouvinte. Impressionante como somos levados diretamente para as imagens e sensações proporcionadas em “Dual”, e podemos ter as perspectivas das mais díspares no campo visual!
A estadia em uma trilha-sonora futurista, um arremedo new-age devocional, uma suíte desencantada de sinfonia, estruturas meditativas… E por aí vamos, diversificamos estados! A sonoridade resultante muitas das vezes é percebida como um arremedo eletrônico, mesmo que seja produzida por um instrumento acústico. Isso realmente impressiona nessa concepção artística e conceitual, percebemos que O DETALHE em prol da canção, é o grande fomento que leva esse trabalho a soar tão original e genial. Vale frisar que Pietro Borradori concebeu solitariamente todas as partes de piano, enquanto os violoncelistas solo do Teatro Alla Scala, adicionaram o “duelo” de cordas. Magistral! Disponibilizado abaixo, “Dual”:
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