Uma obra de arte, para que possa fazer sentido a quem a admira, precisa, de alguma maneira, chegar ao mais profundo sentimento de forma a que possa ser entendida segundo como é admirada na individualidade de cada ser.
No caso de Plano Cauda, de Leonardo Barilaro, há as mais distintas maneiras de que isso se concretize já que sua obra se expande para os mais diversos lados, abrindo inúmeras janelas dentro de uma ambiência densa e com melodias geniais que nos tiram de uma simples razão para as mais sensatas loucuras que a mente pode compreender em um mundo abstrato, porém, confortável para nossas visões.
A música de Barilaro não pode, e nem deve, ser comparada a nada que já tenhamos ouvido em algum momento, e não há como classifica-lo neste, ou naquele, estilo já que suas composições são muito bem marcadas por uma personalidade muito forte impressa por um artista inspirado e cheio de originalidade que ditou um caminho próprio e que nos faz querer descobrir mais sobre ele em vez de somente tentar coloca-lo em uma prateleira com inúmeros outros artistas que, talvez, pudessem ser parecidos.
Isso se deve por se tratar de um músico que não se preocupa com um sucesso efêmero e descartável, mas que quer criar uma música duradoura, que seja reconhecida como a mais plena arte em sua pureza, sem os artifícios desnecessários dos grandes hits meteóricos que, logo, irão desaparecer nas sombras.
Plano Cauda é um lançamento feito para ouvir, sentir e fazer parte como integrante de uma grande jornada onde nada mais importa a não ser nosso olhar introspectivo para vermos que nossa realidade, possivelmente, está sendo exposta em suas notas e não nas vidas que conhecemos como normais.
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