É impressionante a quantidade de bandas instrumentais que têm surgido no cenário mundial.
E, a melhor parte, com uma qualidade absurdamente alta como no caso do Los Padres.
Essa banda, italiana radicada no Reino Unido, aparece com uma mescla, experimental, maravilhosamente incrível de jazz, fusion, funk e algo de pop mostrando uma química de dar inveja.
As faixas são de uma riqueza tão grande de elementos, que precisaríamos de um livro para poder descrever, com detalhes, tudo o que engloba Skobeloff.
Há baixos altamente swingados que não ficam detidos a somente marcar a música, mas caminham através dos temas com notas precisas e certeiras que, hora estão com a percussão, hora estão com os outros instrumentos.
Os metais vêm de encontro com toda a estrutura já estabelecida como se formasse uma conversa, ou um link, entre o que está acontecendo e a imprevisibilidade do próximo compasso formando uma camada sonora complexa e linda de ouvir.
Guitarras cortam alguns trajetos das composições formando uma montanha-russa rítmica em que vão de um lado para o outro criando um casamento individual com cada um dos outros instrumentos e, em simultâneo, sendo uma cola conjunta.
Sobre a bateria, nada poderá expender sua função, pois seus tempos vão para frente e para trás, dão intervalos onde julgamos que ela seguiria e forma um domo rítmico intenso proibindo a saída dos outros elementos de seus devidos lugares.
E ainda contamos com a adição de sintetizadores que dão um tom todo psicodélico ao que já parecia uma verdadeira loucura harmônica preenchendo as lacunas que faltavam para que o Los Padres atingisse a perfeição com Skobeloff.
Apesar de todas as explanações, nada poderá definir melhor a excelências destes maestros musicais com mais acuidade do que os ouvidos dos verdadeiros apreciadores de música feita com alma…..e insanidade.
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