Um álbum assim, já deveria contar com inúmeros prêmios no dia de seu lançamento, sem a menor sombra de dúvidas.
Direcionado para o piano como fiel escudeiro, Cos apresenta um lindíssimo trabalho, tanto instrumental como vocal, onde cada um dos temas parece nos querer contar uma história, ou um segredo, pois, tão lindas são as composições que nos sentimos íntimos de todas, segundo como vão sendo executadas.
As linhas vocais de Cos trazem um tom de acalento, com seus tons médio-graves a acalmar nossos corações, como no caso de Grace, mas, também, elevar nossas almas em sentido da diversão, se falarmos, por exemplo, da agitada Gina, com seu trajeto mais voltado ao pop com alguns climas, até mesmo, progressivo.
Um dos principais fatores que podemos notar nas composições feitas por Cos, é um imaginário encontro entre Asia e Chrisptopher Cross, ao mesmo tempo em que nos deparamos com a originalidade muito forte do artista onde nenhuma referência pode fazer verdadeira justiça a composições como as que escutamos neste álbum.
Grace conta com excelentes arranjos em que cada instrumento parece uma peça de um jogo de xadrez.
E podemos sentir cada uma dessas movimentações quando um baixo bem executado sai adiante para defender o piano com suas modulações de graves, bem como o ataque da percussão seguindo sempre em uma linha direta onde não pode ser parada, enquanto a guitarra se move para todos os lados, quando necessário, e todos em uma conexão perfeita para que o rei Cos possa fazer as melhores estratégias para atingir a vitória através de um álbum como este.
Cada momento de Grace tem seu brilho único e muito variado, em que podemos perceber a forte versatilidade de Cos em saber como atingir as mais diferentes situações onde os ouvintes serão cativados por canções que encantam, emocionam e edificam sentimentos que não sairão mais das memórias de quem tiver a honra de dar de encontro com sua música.