Tentar explorar as possibilidades que as tantas gamas da música podem lhe oferecer, nem sempre geram os melhores resultados.
A ideia de criar variações distintas em um mesmo tema fazem com que um risco de erro possa surgir de forma desastrosa.
Mas, quando falamos de uma composição como Anymore, single recém lançado pelo LoveSelf, percebemos que a competência e cuidado são armas muito fortes para que uma química possa funcionar da maneira mais acertada.
Anymore, em seu princípio, indica uma direção onde temos a nítida certeza de ir por um caminho mais voltado ao hip-hop, mas, em sua primeira variação, nos encontramos com um parente musical distante, o alternative, que veio para uma visita em uma inusitada reunião de família.
Mas é claro que a mesa do banquete conta com mais integrantes que vão se aproximando, como as nuances de um garage rock chegando abraçado com seu primo pop e que trouxe os irmãos indie e commercial para que ceia ficasse ainda mais divertida.
Joshua O’Riley, com sua voz profundamente melódica e repleta de harmonia, surge como o fotógrafo que colocará toda a parentela unida em uma imagem musical a ser guardada para a posteridade fazendo uso de todo o seu talento.
Neste agrupamento rítmico, podemos ver que a conversa tida à mesa é a de beats eletrônicos dizendo aos instrumentos orgânicos, como as guitarras, qual a melhor forma de poder ter um contato mais próximo com os sintetizadores de maneira a que o brinde no final da festa seja para celebrar a junção daqueles que, apesar estarem distantes por suas ocupações, sempre serão sangue do mesmo sangue por contar com o sobrenome “música” em seus registros de nascimento.
Este single vem com um balanço muito especial, justamente, porque cada uma de suas nuances mostra um ótimo equilíbrio entre mundos que se entrelaçam para criar uma composição que pode ser tanto dançante, como um trabalho que desperta a atenção para seus inúmeros detalhes, segundo quem estiver escutando.
Anymore é uma canção que surge para ampliar os horizontes das mentes admiradoras de música e mostrar que a arte não tem divisões, mas uma união sólida que só enriquece um universo que já é amplo em sua própria essência.
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