O Pointless Beauty é o projeto contemporâneo do baixista, artista digital, compositor e produtor Al Swainger, e dentro do arquétipo Al Swainger’s Pointless Beauty temos muito material de alta excelência produzido, fazendo uma simbiose fantástica de jazz fusion com elementos sonoros dos mais díspares. A referência ao nome do grande Chic Corea é algo proeminente e obviamente positivo, mas podemos assegurar que em seu novo lançamento, o magistral álbum “Hearts Full of Grace” (o quinto na discografia), temos uma expansão de todo o processo já explorado em outrora por Al e companhia, onde a frequência é subida em caráter de genialidade!
A abertura com “The Way Back” inicia com belíssimos sintetizadores que evocam uma atmosfera nostálgica AOR, carregando uma vibração altamente genuína em cores vívidas, enquanto inicia-se um diálogo furtivo com o sax alto, permeando instâncias jazzísticas carregadas de uma leve melancolia, mas altamente sedutora simultaneamente. O crescente do instrumental evoca uma gradativa probabilidade de elementos-surpresas para o ouvinte, principalmente quando entramos em território que evoca o rock progressivo e o sopro dá lugar a um duelo intermitente de todos os instrumentos. SENSACIONAL! Mais uma vez na dimensão de suíte (oito minutos), em “Sunship Travelling” temos um arquétipo progressivo carregado de intentos ambient, o que promove uma experiência sensorial das mais abrasivas, desprendendo paisagens cinematográficas de alto teor distópico, mas carregado de positividade. Mais uma viagem instrumental irrepreensível!
Citamos na faixa anterior a nomenclatura ambient, que soava sutil perto do que encontramos em “Pause To Breathe”, uma imersão minimalista com uma cama proeminente de sintetizadores, e os instrumentos evocando perspectivas altamente sinergéticas, contribuindo para um processo realmente impactante! “Relentess” parte para a estrutura fusion em quintessência, trazendo um groove que evoca potencial black de grande potencial vibratório. É realmente uma faixa que acena para as pistas tranquilamente e com louvor! Damos um salto com o contexto singelo de “The Shrug”, um lamento carregado de feeling bluezero arrebatador na guitarra, onde a emotividade é elevada a proporções incandescentes! Mas não podemos deixar de destacar o desempenho formidável do trompete, que transborda uma sensação de acolhimento que nos toca instantaneamente. Uma BELÍSSIMA canção!
“Stir Crazy” como o próprio título já indica, leva os ataques instrumentais as últimas consequências, proporcionando uma experiência fusion de ares progressivas da pesada, que poderia fatalmente integrar o repertório da lenda Frank Zappa. A temperatura sobe para dimensões vulcânicas, a coisa literalmente pega fogo neste petardo INCRÍVEL! “Existencial Blues” também é determinante frente a expressão designada, porque evoca a sonoridade surgida as margens do rio Mississipi em premissa distorcida e sedutora. E partimos para um cenário de reviravolta experimental com a contundente vinheta “Hour of the Wolf”, em total dimensão de trilha-sonora lúgubre (trompete magistral!), um contraponto poderoso para o contexto erudito inicial de “Two Steps”, que logo em seguida evoca uma festa de grandes proporções capitaneada por sintetizadores em profusão arrebatadores! O clima de jam-session evoca uma celebração deveras fascinante, onde o clima progressivo-jazz assume ares ainda mais pesados dentro do seu prognóstico. Destaques individuais sempre infalíveis, mas precisamos destacar o solo de guitarra absurdamente memorável, é um dos grandes pontos positivos para fortalecer a epopeia desse verdadeiro HINO concebido!
Aliás, precisamos frisar que além da cabeça pensante do baixista Al Swainger, temos neste disco o auxílio luxuoso de Jon Clark, George Cooper, Ant Law e Gary Alesbrook, realmente um timaço de altíssima extirpe. A encore de “Remember The Sky” fecha “Hearts Full of Grace” com ares sublimes, o piano tomando o protagonismo de um momento antológico, arpeios e melodias que comovem, mas não paramos por aí… Em mais uma reviravolta magnânima, o instrumental ataca em um lamento que promove uma grande suíte, onde todas as possibilidades sonoras possíveis são colocadas a prova em um liquidificador sonoro inesquecível! A faixa foi inspirada no poema “Remember” de Joy Harjo, concluindo essa obra-prima FUNDAMENTAL com ares classicosos. Um dos grandes lançamentos na seara instrumental dos últimos tempos! IMPERDÍVEL! Disponibilizado abaixo, Al Swainger’s Pointless Beauty com “Hearts Full of Grace”:
Hearts Full of Grace by Al Swainger’s Pointless Beauty
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