Apesar do trabalho com o Gem FM ser recente (menos de 1 ano de estrada), o artista por trás do projeto, James Freeman, é muito experiente. Além de ter tocado em grupos oriundos dos EUA e Japão, também é compositor, engenheiro de estúdio e produtor.
Sem dúvidas isso facilitou ele colocar o projeto em prática, já que estamos diante de algo que explora o som de diversas formas, jeitos e cores. Tudo com uma gana que transparece na própria sonoridade, já que o disco é instrumental, e prova o quão o artista necessitava em colocar o Gem FM na ativa.
São nove composições que trazem elementos eletrônicos em sua maioria, alguns orgânicos e trilham um caminho ardiloso, mas que, ao conseguir se superar, irá encantar os ouvidos mais exigentes, e até mesmo os céticos à música instrumental. Isso porque se trata de um trabalho que não traz exibicionismo.
Intitulado “Wave”, o primeiro disco do Gem FM, é acima de tudo, definitivamente, um trabalho musical. Mesmo que carregue bastante no experimentalismo, tem o foco de explorar diversos contextos da música, e colocado em evidência, consegue soar acima da média e soar muito agradável.
A sonoridade encontrada no disco, em sua maior parte, possui camadas. A primeira delas é a batida. James experimenta diversas dela, sempre acertando no timbre e também na condução. Os sintetizadores que servem como base são ainda mais versáteis, dando variação às composições, que ainda contam com guitarras sintetizadas para trazer um teor mais orgânico, guardadas as devidas proporções.
“Wave”, como dito antes, não é um disco instrumental exibicionista, mas sim experimental. Porém, atinge resultados acima disso, trazendo uma música bem ambientada, ora dançante, ora atmosférica e até progressiva em muitos momentos. Logo, ao apertar o play, o leitor e futuro ouvinte, entenderá como ouvir o trabalho é um caminho sem volta.
https://twitter.com/GemFMSonics
https://open.spotify.com/artist/7olrZCtbEO00VnlcnEYdCI
