Seu despertar propõe uma atmosfera, no mínimo, intrigante. Afinal, por meio de sua experimentação em relação ao campo sonoro digitalizado do chiptune, a canção consegue transpirar delicadeza, veludo e, ainda, garantir agradáveis sensos de conforto e aconchego para o espectador. É como estar entrando no sono REM, aquele momento em que o inconsciente garante o máximo absoluto de bem-estar.
Conforme vai se desenvolvendo, a canção oferece um interessante protagonismo do piano em suas notas deslizantes e agradavelmente graves que sugerem, além de noção de movimento, frescor. A partir delas, a camada sonora acaba ganhando outros elementos, como a bateria, que, com delicadeza, começa os contornos da camada rítmica. Ao mesmo tempo, o baixo vai propondo encorpamento e consistência à base melódica de forma que, em conjunto, auxilia no despejo de um curioso senso de melancolia.
Assim que acessa seu primeiro verso, a canção passa a ter a camada lírica estruturada a partir de um vocal masculino de timbre agradavelmente grave que promove um contraponto interessante de textura ante aquele digitalmente entorpecente. Na companhia de Jack Degenhart, o Only Objects consegue fazer com que Access Will Be Retained se torne uma obra impactante e reflexiva, conforme vai propondo uma reflexão acerca de temáticas como a promessa por um futuro perdido e a sobrevivência em estado emocional de permanente crise.
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