Desde seu início imediato, a canção é capaz de oferecer um contexto rítmico-melódico envolto em drama e em um suspense um tanto curioso. Afinal, em sua forma levemente densa, parece que a presente introdução tem a intenção de chamar a atenção do ouvinte para algo sério, e, até mesmo, tenebroso.
Com um tom de lamentação e, de certa forma, desesperança, a maneira com que a guitarra, o violão, a bateria e o sintetizador se combinam dá um toque melancólico fresco à canção, que se mantém em um processo crescente de desenvolvimento. Com o auxílio da voz grave e de caráter intrinsecamente áspero de Tim Ainslie, tais percepções acabam sendo reforçadas e representadas através de um lirismo interpretado de forma intimista e cabisbaixa.
Amadurecendo como um produto de notável e sincopado groove, Ain’t No Turning Back acaba conquistando uma sensualidade desprovida de qualquer menção propriamente sexual, enquanto seu frescor engrandece e tenta dar uma breve suavizada na densidade do tema ofertado pelo lirismo. Afinal, com a faixa o Tim Ainslie & The Vibes se posiciona de maneira enfática em sua intenção de chamar a atenção do espectador para a urgência atroz e desesperadora em relação às mudanças climáticas. Uma abordagem que mostra um ponto de vista completamente ausente de esperança e até mesmo confiança na humanidade.
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