Sua introdução é ousada, para dizer um mínimo. Afinal, o que recebe o ouvinte não é uma sonoridade orgânica e nem mesmo algo provindo de maneira digital. O chiado é o elemento que, mesmo que em rápidos instantes, serve como o abre-alas da canção. Diferente de outras ocasiões, aqui esse fator não incentiva um senso de crueza, mas, sim, somente uma textura diferenciada que causa expectativa a respeito do que virá a seguir.
Rapidamente, o que segue é a entrada de uma voz feminina de timbre agudo que preenche toda a atmosfera, a qual se torna profundamente dançante em sua essência eletrônica. Tornando a canção irresistivelmente hipnótica e pegajosa, esse timbre faz com que o espectador acabe percebendo, de maneira até mesmo curiosa, um certo quê de romance extravasando a interpretação lírica.
Na forma de uma house music macia que torna a noite em dia, a canção propõe o flerte, a provocação e a interação corpo a corpo no centro da pista de dança. No entanto, ainda que tais incentivos aconteçam, eles não são movidos pela libido ou por algo propriamente sexual. É apenas entretenimento e a arte da paquera dominando a atmosfera noturna. Esse é o principal trunfo de All I Need a partir do controle de Starmode & Tarmo.
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