Sua introdução é regida pelo máximo de minimalismo estético. Somente voz e as notas adocicadas cuidadosamente ácidas e aveludadas do mellotron. Nesse ínterim, a voz grave e afinada de N.Jiny é o elemento que constrói uma quebra no inebriante dulçor estrutural presente no escopo lírico-melódico. Rapidamente, porém, aquela maciez suavemente percebida se torna o fator decisivo e responsável para que a canção evolua em sua conjuntura arquitetônica.
Logo em que chega no seu primeiro verso, a canção passa a ser acompanhada por um baixo de extrema sensualidade em suas pronúncias monossilábicas. Junto a ele, a bateria, com sua inserção delicada, ajuda para que o cenário não apenas se defina, mas deixe claro sua imersão no campo rítmico-melódico do soul. Tendo esse gênero musical como base, a obra ainda flerta, por meio da sonoridade do hammond, também na temática do reggae.
O interessante é que, mesmo a faixa tendo formação em diversos segmentos musicais, a forma como N.Jiny insere as linhas líricas inclui também na receita melódica o R&B e seus melismas característicos. É dessa forma que Alley se mostra uma canção de textura aveludada e delicada que traz um indivíduo tentando lidar com as consequências emocionais provindas do término de um relacionamento.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/0OQtcFoLsn0ksDQ01az2Yo
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