A pandemia fez com que todo mundo se adaptasse de alguma forma e na arte não foi diferente. Com a proibição de shows, devido a recomendação de não aglomerar, as bandas e artistas da música tiveram que se reinventar, aderir ainda mais o formato virtual, para manter o mínimo de seus trabalhos em voga.
Não foi diferente com o grupo norte-americano Ann Beretta, grupo de punk rock de Richmond, Virgínia. O quarteto apostou, assim como muitos outros, em lives virtuais. Uma dessas apresentações virou o “ DCxPC Live Vol. 8 Presents: Ann Beretta Live Like a Riot!”, que foi lançado em vinil como “Like A Riot! Live from the Broadberry”
O trabalho traz versões acústicas de seu repertório, o que não é muito comum no punk rock. Mas, o grupo consegue se sair por cima, adaptar suas canções ao formato, mantendo a energia, a aura punk, e ainda incrementando novos elementos e estilos ao repertório.
As dez canções, distribuídas em pouco mais de 41 minutos, mostra uma banda coesa, mantendo sua identidade, mesmo deixando de lado a guitarra elétrica, os riffs concisos e toda energia típica do estilo. Tudo sendo substituído pelos violões, harmônicas e até violinos.
O punk rock típico continua ali, mas seguindo uma dinâmica mais orgânica e levemente disciplinada, ganhando contornos diferentes. O mais importante é que a banda consegue manter o alto astral das músicas e a pegada jovial, o que pode ajudar a convencer os mais conservadores.
“Like A Riot! Live from the Broadberry” se torna um trabalho tão diversificado, que pode agradar fãs de rockabilly, red dirt e até folk, sem fazer com que as canções se tornem algo insosso, muito pelo contrário. Ao ouvir o disco, a sensação é de um show divertido e descontraído, onde se é possível até ‘pogar’. Isso prova que a música não tem barreiras e se adapta a qualquer situação.
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