Após 17 anos, Long Road retorna com novo disco e acerta em cheio

Um hiato de 17 anos separa o primeiro álbum do Long Road, “This Too Shall Pass”, deste novo disco. Ou seja, desde 2006 a banda não lançava um trabalho inédito de estúdio. Isso pode significar muita coisa, mas ouvindo o novo álbum, que se chama “Faith in Greater Things?”, nota-se que se mantiveram antenados.

A banda é liderada por Ted Ames, que é acompanhado por três amigos de infância vindos de Rutherford, Nova Jersey. Ames vem de Coventry, Vermont e eles se conheceram em Knitting Factory em Nova York. São várias regiões da metrópoles norte-americana, a verdadeira capital cultural do mundo.

A primeira coisa que temos que fazer é traçar um parâmetro entre os álbuns, pois é uma vida entre os lançamentos. Não que seja uma regra, mas é algo não tão comum um hiato assim e, pasmem, a banda parece que ficou congelada, musicalmente falando. A identidade está intacta, o que mostra que é algo forte.

O estilo se manteve, e o ouvinte irá notar isso de imediato. Aliás, o grupo aposta em um grunge alternativo com leves contornos de pop rock. Antes, essa veia noventista era mais forte, afinal, eles estavam mais próximos do período. Hoje as canções ganharam mais melodias e um pouco de acessibilidade, mas nada que seja discrepante.

No mais, precisamos ressaltar a qualidade da produção sonora, que também é algo semelhante entre os discos. Mas, não significa que a atual é ruim, e sim que a antiga estava à frente de seu tempo. Mais uma façanha da banda, que aposta em timbres naturais e uma sonoridade orgânica.

Recheado para os tempos atuais, “Faith in Greater Things?” traz doze composições em pouco mais de quarenta e cinco minutos, o que é uma média excelente para quem aprecia discos cheios. Com certeza, amantes do gênero são maioria nessa preferência e sabem que a banda é objetiva.

Em meio a guitarras distorcidas com bases simples, cozinha direta e vocais descolados, além de aparições esporádicas de cordas acústicas, aqui e acolá, temos faixas que se sobressaem, mas sempre com um bom equilíbrio no disco.

Não podemos deixar de mencionar a empolgante “New Song”, que abre o álbum com uma melodia cativante, “Shadows In The Starlight”, que traz um riff e groove cativantes, bebendo na fonte do rock alternativo, além de “Commotion” e sua veia classic rock. Menção honrosa para “Fade Away”, “Have To Hold” e “Why?”. Valeu a pena a demora!

 

 

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