O ambiente já amanhece enérgico, convidativo. Solar. Entre sonares agudos e bem afinados pronunciados pelo teclado, a inserção da guitarra elétrica pela mixagem de Jeff Vidov entra em cena com um riff áspero que inclui, na receita melódica inicial, uma textura mais saborosa. Alegre e contagiante, a canção é regida por uma bateria que, trazida por Sean Brock, incute uma base rítmica fluída, macia e atraente.
Com uma mistura interessante entre o pop rock e o jazz, Baby, Can You Dig Your Man?, enquanto narrada por uma voz de timbre levemente gélido vindo de Dave Thompson, possui camadas sonoras complementares que, juntas, formam um ambiente atrentemente excitante. Por meio da contribuição do teclado, o instrumento, além de ampliar a harmonia melódica, dá à canção uma estética dançante que flerta com dois gêneros musicais contemporâneos dos anos 70, sendo o synth-pop e a disco music.
Não é de se surpreender, portanto, que um dos maiores trunfos de Baby, Can You Dig Your Man? é incitar o ouvinte à dança e a causar uma efervescência em seu sangue pedindo, portanto, que o corpo se movimente de alguma forma para extravasar a energia adquirida. Sem dúvida, um single de melodia penetrante e de experimentação musical surpreendentemente congruente.
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