Ela nasce com uma essência sombria. Sua atmosfera é urbana, noturna, beirando o marginal. De beat penetrante e hipnótico em sua consistente linearidade estrutural, a canção vem com uma arquitetura rítmica já madura em sua proposta tanto musical quanto sensitiva.
Enquanto convida o ouvinte a transitar livremente por um rap já retro por reacessar a métrica e a energia das canções do gênero compostas no intervalo de tempo de 2015 a 2018, a canção desfila um certo requinte de tensão que surte, no ouvinte, súbitos de insegurança. Tais instintos são trazidos por meio de uma narrativa inserida através de um timbre metálico e embebido em autotune vindo de JAW$.
Com o apoio de backing vocals dando ênfase a versos líricos específicos, o que, consequentemente, lhes transforma em entonações de ordem, BEAM conta com o apoio de subgraves dando mais pressão à base rítmica. Além disso, a obra traz um JAW$ apostando em uma espécie de minimalismo estético ao fazer prevalecer uma linearidade estruturalmente hipnótica e penetrante a partir da cadência do rap.
Com seu toque fanhoso marcante, é interessante notar que o rapper entra em cena sempre respaldado por uma interpretação lírica sussurrante. Tal estratégia pode e, aqui, se torna uma boa aliada para criar o clima de tensão, de marginalidade e de suspense que se mostram impregnados em BEAM.
Mais informações:
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Soundcloud: https://soundcloud.com/young-jaws-398845499
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