‘Beats’ velozes e guitarras corrosivas estão no álbum “Dark Dreams” de GhostFox

O norte-americano Joseph Boyer é o responsável por este projeto ousado, desafiador, inusitado e inovador. Chamado de GhostFox, o projeto pega vários elementos da música eletrônica, como efeitos de sintetizador e batidas tridimensionais e os funde ao Rock/Metal. Se nos anos 80 você curtiu bandas como Sigue Sigue Sputnik, com aquele peso exagerado de mixagem em seus clássicos, poderá curtir também essa estreia do GhostFox, intitulada “Dark Dreams”. Contudo, já aviso que este não é um álbum para despertar saudosismo de ninguém, pois apesar de um sutil clima de New Wave transitando entre as suas oito faixas, tudo aqui soa perfeitamente moderno.

O álbum lançado pelo selo Xenon Core Productions, possui uma relação de músicas quase inteiramente instrumental. Ou seja, aqui a pancadaria corre solta a começar por “Burn”, com alguns riffs de guitarra distorcidos e um poder sonoro majestoso. Se a intenção foi impressionar logo na primeira execução, o GhostFox conseguiu. O repertório segue com “Wickedd”, que corta o ar com batidas pesadas e elementos que sugerem velocidade ao som. Como a maioria das músicas deste álbum, essa cai muito bem na academia. Já “Wandering”, possui uma estrutura mais cibernética, com trechos de guitarra e uma bela melodia que vagueia por toda a extensão do som.

Em “No Limits”, como o próprio nome sugere, a rapidez dos beats e a forma como eles conduzem a música, parece um salto no infinito, uma viagem pelas ondas sonoras sem destino, até que no final tudo escurece. Da mesma forma, “Catch Me” chega com um clima maneiro que vai evoluindo a uma explosão de ritmo. Com maior duração entre as músicas autorais, ela faz uma incrível ligação entre o seu corpo e a vibe auto astral. Não menos versátil, “Leave Me Alone” toma o seu lugar no álbum pondo na balança o peso estrutural que já acompanha todas as músicas e uma peculiar sensação de leveza.

A faixa título vem em seguida com batidas que refletem os anos 90, porém, a condução do som ganha mais corpo com inserções de efeitos tensos e uma intervenção groove sensacional. A escolha para ser esta música o título do álbum foi altamente feliz, pois é de fato uma das melhores, assim como a descomunal versão para “War Pigs” dos pais do Heavy Metal, Black Sabbath. Ao estilo do GhostFox, a canção de Ozzy Osbourne e Cia., que finaliza este álbum, ganhou uma identidade mais industrial, com os riffs de guitarra dispersos com clima futurista. Bela homenagem!

Para delirar em cada música de”Dark Dreams”, clique no link do Spotfy abaixo.

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