Seu início é, no mínimo, interessante. Afinal, apesar do atestado de calmaria que sua sonoridade transpira, existe, em suas entrelinhas, uma tristeza, uma melancolia que soa como uma espécie de legado. De herança. Como uma energia contagiante, ela acaba contaminando toda a atmosfera.
Agraciada por uma noção de fluidez garantida pela movimentação da bateria em sua levada suavemente acústica, a canção, conforme se desenvolve, acaba destacando sua paisagem influenciada pelo cenário musical do rap. Comprovada a partir da maneira como Jurelle, Jah Born e Ya Msanii pronunciam seus respectivos versos, essa atmosfera serve como artifício para chamar a atenção do ouvinte frente a reflexão proposta em Belly. Uma forte e necessária reflexão acerca dos desafios enfrentados pelas pessoas pretas nos Estados Unidos.