O dia 6 de setembro foi data escolhida para o lançamento do álbum “Gloaming Gathering”, uma obra colaborativa entre os músicos Benjamin Mauch & Micah Pich. Em suas doze faixas impera a música eletrônica, como em “In Difference”. Com muita adversidade, a dupla promove um perfeito baile conduzido por sintetizadores resgatando estilos como o house desta abertura. No entanto, em outros momentos o som ambiente dos autores também inspiram em títulos como “Blueberry Jam”. Sim, tudo que há aqui é resultado de uma sensibilidade profunda, quando buscam em músicas como “Ash Colored Sky” a melhor fluidez para as suas melodias.
A fonte de ideias destes norte-americanos é ainda mais imersível em “Latticework”, cujos climas formam elementos de pura viagem. Uma característica perfeita deste álbum é o entrelaçamento entre arranjos lentos e batidas cativantes. Nesta música, o que seria um contraste complexo, acaba se tornando uma harmonia entre nuances. Não é atoa que esta faixa se destaca entre as demais. Em contrapartida, “Bright Specks on the Shore” se envereda a um lado mais épico, exalando personalidade e vigor. A seguinte, “Drove to the City” nos conduz a uma trilha mais empolgante com perfil de boate.
Já a faixa título, é docemente misteriosa. Existem aquelas músicas que parecem surgir com função de acalmar os ânimos. São verdadeiras obras de arte pintadas sem pincel, mas o resultado da emoção é o mesmo. “Multiples”, por exemplo, transmite paz, serenidade e leveza. Em outro espaço, “To an End” parece ampliar essas sensações, com climas mais soturnos. No entanto, é presente em seu DNA “cromossomos” que saltam da curva, como alguma pegada mais dance, embora introspectiva. Se revela aqui, aquilo que sobre contraste, onde os efeitos sonoros se misturam até entrarem em metamorfose, criando uma nova linha de sintetizadores. Esta é uma herança típica dos anos noventa.
Já em “Dream Forest”, as texturas sonoras nos arremessam a uma lembrança de pista de dança. É essa a versatilidade que Mauch e Pich oferecem ao ouvinte, ou seja, formas complexas, melódicas e até comerciais em um só produto. Seguindo com o repertório, “The Voice of a Tree” dá continuidade à ceção mais ritmada do álbum, com batidas sucessivas e vários arranjos. Aliás, um dos talentos desses dois músicos está na criação de atmosferas sempre usando um padrão de harmonia. Isso é perceptível porque se configura em todas as músicas. Em “Unmoored Fixation”, por exemplo, esse passeio é iminente. Aguarde o lançamento e boa viagem!
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