BRAZA traz a praia e a marra carioca para o frio de Curitiba

Curitiba, 15 graus, não é bem um clima convidativo para sair de casa, especialmente para o curitibano raiz que desacostumou dos rolês e tem criado cada vez mais coragem para voltar. E mesmo contrariando os deuses do tempo, e desafiando a sorte, BRAZA iniciou a tour de seu segundo disco, no dia 29 de abril, em sua segunda passagem pela cidade. Seria esse o número da sorte? 

Fotografia: Angela Missawa.

A verdade é que, como poucos, Pedro Lobo (baixo e voz), Danilo Cutrim (voz e guitarra), Vitor Izenzee (voz e teclados) e Nícolas Fassano (bateria) conseguiram transportar a marra carioca até aqui. Elx, el@s, todxs que cada vez mais se livram do receio, se entregam de coração a confiança (e tentação!) dos eventos e se jogaram na pista com tudo. 

E que pista! Cwb Hall, ancorado no coração central da cidade, abstraiu do clima urbano e se transformou em uma grande festa na praia, com fogueira e tudo. Fogueira essa pura figura de linguagem, representada pelo calor vindo da música, da troca de energia e da belíssima resposta do público. Não houve quem não se derretesse pelo show e se misturasse nas ondas sonoras quentes que inundavam o local.

Fotografia: Angela Missawa.

Mergulhando na linha mais contemporânea da música popular, em uma versão música brasileira alternativa, BRAZA aliou funk, samba, baião, forró, rap, e tudo o mais combinasse com o menu do dia. Música sem rótulos para a geração sem rótulos. Entre as escolhidas para o set list estavam: “Fé no Afeto”, “Paciência”, “We are terceiro”, “Moldado em Barro”, “Sob o Céu”, “Qual é o rosto…”, “Batida do amor”, “Andei, Andei”, “Olinda”, “Exército Sem Farda”, “Jaya”, “Avenida”. Além de um pot-pourri de Chico Science e Nação Zumbi, Planet Hemp e Charlie Brown Jr.

Fotografia: Angela Missawa.

 E todo mundo aproveitou a noite muito feliz porque a banda fez uma belíssima mistura em seu repertório alternando as novas e as velhas (e amadas dos fãs!). O público respondeu da melhor forma, entrou na roda, aproveitou e se entregou até ultima gota, cantando as preferidas a plenos pulmões. Quase um mosh contemporâneo, mas numa versão reggaeira, bem paz e amor na linha amigável. 

Fotografia: Angela Missawa.

E o grande segredo do BRAZA? Eles gostam tanto do que fazem que contagiam o público e os ouvintes desavisados que entram no clima sem nem saber o que está acontecendo. Coisa linda de ver!

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