Em Pitsburgo, Pensilvânia (EUA), a banda Changing Tymz percorre um caminho que se tornou mais substancial com a estreia do single “Shark Attack”, em 2022. a partir de então, passou a fazer lançamentos regulares até o seu primeiro álbum completo chamado “Finish the Race”. Com treze faixas, o disco que começa com a narrativa “The Search for Clarity (Spoken Word)”, é um trabalho muito legal que de acordo com “Beyond the Realm”, transita pelo hard rock e metal progressivo, embora outras músicas como “Enslaved” soem mais pesadas. Sabendo dessas primeiras características, já se pode apostar em uma banda técnica e muito profissional.
Apesar de o peso ser um artifício essencial e, muitas vezes, obrigatório a uma banda de heavy metal, em Changing Tymz o que se destaca mais são as melodias. Para isso, canções como “The Fear is Gone” exercem muito poder nas linhas vocais e, de maneira idêntica, na execução dos riffs. Por ser um grupo seletivo na hora de construir a harmonia, é inevitável que um pouco de complexidade aflore nas canções, como em “Passion” onde o baixo e bateria parecem comandar uma espécie de batalha. Em contrapartida, “In the Darkness” se envereda por um caminho mais sequencialmente livre.
Alguns nomes como Queensryche, Dream Theater e Heart compõem as influências de Changing Tymz, e “Changing Times” confirma isso. A música se deslancha com graça na voz da cantora, além de um belo timbre de guitarra e andamentos confortáveis. Para reforçar esse clima, “Shadows” chega de mansinho com recursos progressivos bem aplicados, mas não deixa de acertar no peso. Por sua vez, “Foundation” promove o retorno da sessão mais melódica do álbum. Contudo, há algo de heavy metal nessa música que chega a preencher os ouvidos com climas épicos, porém densos. Uma faixa bastante adequada também aos padrões do embriagante powermetal.
Changing X Records, que se encarregou de distribuir o álbum pelas plataformas de streaming, é uma resposta independente às gravadoras major. Elas não têm noção de como é perder uma banda como essa. Músicas como “Barely Alive”, que possuem melodias simples, ainda são mais cativantes que muitos hinos do mainstream. Aí você se depara com mais uma épica, “The Light of Day”, cujas linhas vocais não saem mais da cabeça. Depois disso, você se deparar com outras versões de “So Far Away (Remix)” e “Shark Attack (A Grim Attack)”, e ainda assim perceber que soam tão empolgantes e cativantes quanto as originais, é ter certeza que o talento aqui transborda.
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