Em meio ao sonar eletrônico de essência pipocante que preenche o escopo sonoro introdutório, o ouvinte é recebido por uma linha lírica cuja construção, feita por meio de sobreposições vocais, oferece um efeito curiosamente fantasmagórico que prende a atenção e hipnotiza o ouvinte.
De essência introspectiva, a canção, conforme se desenvolve, vai evidenciando, gradativamente, a presença sussurrante dos versos verbais consegue fazer com que o espectador vá perdendo sua lucidez e, pouco a pouco, vá aderindo ao irresistível senso de torpor transpirado pela natureza sonora em desenvolvimento. Nesse ínterim, é possível que, sob o efeito alucinante, o espectador seja agraciado por uma paisagem crepuscular do nascer do dia de forma a ser banhado por um enigmático senso de esperança.
Contudo, assim que a composição permite a entrada do beat, com seu desenvolvimento marcante em sua precisão estética, o espectador percebe uma natureza dançante, mas, acima de tudo, transcendental ao mesmo tempo em que garante súbitos de lucidez. De essência puramente vanguardista, Chapter 1 apresenta o Auld White Label experimentando uma sonoridade de natureza industrial fundida com sintetizadores hipnóticos.
Num contexto geral, é interessante até mesmo observar como a faixa auxilia The Tangents, o EP ao qual faz parte, na narrativa em torno de sua temática conceitual sobre morte e renascimento. Não à toa que a noção de imaginação e realidade soem como uma metáfora pertinente às noções de desencarne e vida.
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