Depois que uma voz aparentemente de caráter feminino e infantil invade a cena propondo um rápido contorno lírico, a canção leva o ouvinte para um cenário de profunda e extensa calmaria. Um lugar em que o frescor, a sutileza e a fragilidade se unem na construção de uma atmosfera não apenas onírica, mas transcendental e intimista. De caráter indubitavelmente fantástico em seu proposital estado de torpor, One Upon A Time explora o cristalino. Explora, a partir de sua sonoridade extremamente branda, uma sensibilidade que flui profundamente em um universo de viés interessantemente espiritual. Charmosa e relaxante, a canção fica marcada pela sua extravagância de brandura.
Através de um piano introduzido de maneira profundamente serena por meio de suas notas de extrema singeleza adocicada, a atmosfera é tomada por um caráter brisante que tangencia, levemente, o drama. Graças a essas nuances fornecidas pelas rápidas valsas ocasionadas pelo violino, Sleepwalker parece explorar uma textura mais densa e tensa em relação àquela ofertada na obra anterior. Ainda assim, é importante pontuar que a presente faixa faz desabrochar um contexto um tanto sonhador e brisante que encanta em demasia o espectador.
Em se tratando de um álbum inteiramente instrumental, Once Upon A Cloudtop Meadow acaba surpreendendo pela sua atmosfera sonora um tanto ousada que beira certo grau de ineditismo. Afinal, através de seu caráter profundamente onírico e com grandes nuances transcendentais, o presente conteúdo é capaz de explorar ao máximo não apenas texturas palpáveis, como o veludo. Ele consegue, inclusive, se aventurar por tudo aquilo que vem do inconsciente através de um viés esotérico.
Desde o espiritual a um caráter profundamente sonhador e entorpecente, o álbum consegue fazer com que o espectador vivencie as maravilhas de um mundo fantástico proveniente, unicamente, do inconsciente. Com uma track list vasta, a qual abrange um total de 14 títulos, Once Upon A Cloudtop Meadow dá maior destaque às suas duas primeiras faixas simplesmente por elas trazerem, de forma mais transparente, os apontamentos anteriormente listados. Mesmo assim, é inegável que a psicodélico-hipnótica Lulu’s Theme, a ninante A Is For “Aga”, a mantrica When I Was An Owl e a nostálgico-crepuscular Until The Next Time sejam títulos que também contribuem para o fato de o álbum ser marcante.
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