Seu início, ainda que regido por um caráter experimental interessante, traz consigo um senso melancólico com uma mistura de nostalgia e pesar, de forma a surtir no surgimento de um sofrimento com capacidade de se tornar um sentimento de caráter visceral. Em virtude do piano e da forma como ele se movimenta nos primeiros sinais melódicos, a atmosfera se torna embebida em um aspecto dramático pegajoso amplificado pela percepção dos golpes secos do bumbo no contorno das linhas rítmicas.
Inicialmente minimalista, a canção cresce ligeiramente em elementos, mas mantém a sua essência intimista, enquanto o enredo lírico passa a ser evidenciado por uma voz masculina de timbre gélido em suas raspas adocicadas. Eis Frank Joshua entrando em cena munido de uma interpretação verbal entorpecente que contamina até mesmo a receptividade enérgica do espectador.
Construída sob uma sobreposição vocal que confere uma interessante paisagem harmônica proveniente de uma voz percebida tanto em seu tom grave quanto em um timbre mais agudo e afinado que flerta com a execução de falsetes, a canção consegue trazer certo grau de sensualidade ao seu escopo rítmico-melódico. Ainda assim, a melancolia é um quesito que se torna pegajoso conforme a obra evolui.
E não é por menos. Afinal, em Danny Boy, o que Joshua apresenta ao espectador é um tocante e até mesmo angustiante diálogo monológico entre o consciente e o inconsciente no que diz respeito aos desejos e os medos. As vontades e as fragilidades. Enquanto a insegurança parece falar mais alto, a necessidade parece incendiar o interior do personagem até o momento de sua ebulição.
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