Com sangue nos olhos, Too Sick To Pray estreia o single “Meet Me At The Gates”

A popularização do metal cresceu muito desde os anos setenta para cá. De Black Sabbath a Rammstein muita coisa aconteceu, fez barulho, seguiu adiante ou caiu no esquecimento. Esperamos que esse último caso não recaia sobre a banda Too Sick To Pray, pois esse quarteto de Ventura, Califórnia (EUA) chegou com sangue nos olhos e faca nos dentes. E, acredite, não sou eu quem diz isso e, sim, o seu single de estreia “Meet Me At The Gates”. O poder de seus riffs é capaz de ecoar em sua mente por horas. Então, se gosta de som pesado e estridente, prepare-se.

De uma forma ríspida e brutal, o vocalista Jake Weeces destila os versos da música com o peito cheio de ar. O que a banda, enquanto instrumento de ação nos passa, é uma incrível sensação de despertar e saltar para a luta cotidiana. Com uma garganta agressiva e ódio envasado em cada estrofe, Weeces propaga suas vociferações como se o fim do mundo estivesse próximo. Se você quiser escolher algum rótulo para caracterizar as técnicas usadas pelo homem de frente, alguma coisa entre o gutural e rasgado poderá surgir a sua cabeça. Contudo, qualquer estilo atribuído não apenas ao vocalista, mas a toda banda, será muito volátil.

O ideal é que você saiba que aqui é metal, um tipo de metal duro e chamativo. Quer chamar de thrash metal, hardcore, metalcore etc.? Fique à vontade, mas nunca tire a partícula “metal” daqui, pois é a certeza que temos. Para além disso, esteja esperto, pois quando as primeiras notas do riff inicial surgirem, você será recepcionado com uma baita distorção atravessando os seus tímpanos. Um pequeno brinde de Jay Rivera, um verdadeiro demônio nas seis cordas. E olha que o guitarrista nem precisa solar para você ver que ele é bom.

Mas não penses que os destaques vêm apenas para a comissão de frente, pois a cozinha formada pelo baixista PJ e pela baterista Brittney Hendricks parece dividir o grupo em dois. Se Weeces e Rivera são bons na harmonia e melodia, aqui atrás, PJ toca de forma tão pomposa que o peso da música não teria significado nenhum sem suas marcações. De maneira idêntica, segue a senhorita Hendricks que põe tanta pressão em seu kit de bateria que, cada pancada, mais se parece o estalar de trovões. Parece exagero? Fique com essa impressão até ouvir o single, já está disponível.

Ouça “Meet Me At The Gates” pelo Spotify:

 

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