Sua introdução é agraciada por uma textura sintética capaz de misturar o dulçor e o ácido de maneira bastante equilibrada, mas não capaz de impedir que o senso de torpor domine a percepção sensorial do espectador. Surpreendendo toda e qualquer espectadtiva pre-determinada, a obra, assim que entra em seu primeiro verso, não se permite fluir pelo campo da música eletrônica.
Em verdade, a composição se envereda para o campo do rock mais pendente para sua vertente AOR em virtude da fusão de generosas camadas harmônicas provindas do teclado e ondulantes injeções de guitarra. Mesmo sob essa paisagem, no entanto, é importante mencionar que a canção mantém sua estrutura branda e delicada imergida em notas de florais de um curioso embrião hard rock.

Graças ao timbre grave, mas afinado, de Ev Janney, a canção é abraçada por um feliz contraponto entre torpor e lucidez. Aliás, é o cantor que, através de sua interpretação vocal, deixa Set Me Free sob uma estética cenográfica contagiante e, principalmente, radiofônica. Para cimentar tal constatação, o enredo lírico da obra se desenvolve através de uma história que envolve paixão, liberdade e amor. Um single certamente chiclete que fara com que o nome de Janney rompa os limites da Finlândia pátria e alcance territórios internacionais.
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Spotify: https://open.spotify.com/artist/7E8scNT10Xu8rIncJRN6XF?si=R_H-ZTNfSkeTj_ENimZc3A