Existe, na presente introdução, um certo toque de crueza contagiante transpirando do enredo rítmico. Rapidamente acompanhada por um baixo marcante e groovado, mas também por uma guitarra afinada em seu riff agudo, a bateria auxilia o enredo inicial no compasso ideal da segunda metade do amanhecer da obra.
Por meio de um grito seco, a música é levada para um ambiente solar, repleto de frescor e sensualidade que não esconde seu viés praiano e, principalmente, latino. A partir da paisagem do merengue desenhada de forma madura pelo instrumental, o convite à dança se torna algo irresistível e inegável. Enquanto o ouvinte se embriaga com essa atmosfera, a canção recebe um vocal masculino de timbre interessantemente áspero e azedo na função de promover o enredo lírico.
Eis AstroMuso caminhando livremente por entre posturas provocantes e cínicas que se perdem por meio da libido construída pelo escopo rítmico-melódico. Trazendo grande e, talvez, despropositada influência de Santana na construção da obra, AstroMuso consegue contagiar, atrair e entorpecer o ouvinte com The Mexican, uma canção feita para instigar o ouvinte a compartilhar experiências e, principalmente, se posicionar no centro da pista para, simplesmente, dançar. Um single de verão que, certamente, contribuirá com a união de pessoas de diferentes idades em prol do único propósito da diversão.
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