A introdução da obra, desde seus instantes introdutórios imediatos, trazem consigo a máxima identidade de sua musicalidade a ponto de não deixar o ouvinte perdido ou embriagado com um senso de enigmatismo. Através de seu viés sintético puramente setentista, ela fornece um aroma profundo de synth-pop que rememora a estética melódica de nomes como Eurythmics.
Contudo, rapidamente sendo adornada por uma camada lírica preenchida por uma voz feminina de caráter sussurrante que confere à atmosfera uma sensualidade de viés provocativamente libidinoso, a canção começa a trazer generosos goles de autoridade, o que concerne a percepção do detalhe autoral. Através de Malina Hamilton-Smith, a canção acaba ganhando um frescor irresistível e uma atmosfera convidativamente enérgica.
Esse detalhe, inclusive, é amplificado a partir da produção assinada por Glenn Abbott, quem dá a Caught In A Web um espectro sonoro fluido que compreende desde requintes veranistas praianos a um viés noturno puramente dançante e festivo. Misturando, por meio dessa paisagem cenográfica, o já citado synth-pop com as ambiências sonoras do electropop, dancepop e até mesmo o EDM, a canção se torna um prato cheio para os crepúsculos lunares quentes em que a sedução é o ato primordial de entrosamento e confraternização. É o calor incentivando a sedução.
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