Pode se dizer que a introdução é, no mínimo, intrigante. Afinal, enquanto uma voz estridente aparentemente proveniente de uma estação de rádio é ouvida ao fundo, uma gaita surge entoando um grito harmônico embebido em seu típico dulçor ácido, o qual rapidamente dá, ao ouvinte, a ideia de se tratar de uma composição proveniente do espectro folk.
Nesse ínterim, uma bateria surge em cena dominando a atmosfera rítmica por meio de uma levada acústica com protagonismo dos surtos e tons, de forma a fazer da canção uma espécie de marchinha que, curiosamente, traz uma interessante semelhança para com a desenvoltura do baterista de Billy Cobb em King For A Day, seu respectivo single.
Contagiante, atraente e ligeiramente sensual, a canção passa a ter seu escopo lírico desenhado por uma voz feminina de timbre levemente agudo. Vinda de Marie-Thérèse, ela dá vida a uma faixa folk sensual e contagiante que, sob a direção do produtor Stew Jackson, é capaz de entreter e contagiar, mesmo embebida em uma base rítmica linear.
Em verdade, porém, assim que P21 (REV IT UP) atinge seu pico melódico-narrativo, ela passa a experimentar novas texturas e sonoridades com a entrada de um teclado imitando o sonar adocicadamente ácido do hammond perambulando pela base melódica. Com ele é que a obra conseguiu alcançar noções bem-vindas de harmonia.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/artist/50gxanApxRh7d34DkuPf9x
Twitter: https://x.com/MT_Marietherese/status/1518942839119491075