É interessante quando um instrumento consegue, por si só, atingir o ouvinte com seu tradicional som e com a sua estética. Mais interessante ainda é quando esse mesmo elemento é capaz de não apenas atingir, mas emocionar. E isso é o que acontece logo no início imediato da canção, quando o piano assume notável protagonismo, desfilando delicadeza, dulçor, mas com toque de uma beleza nostálgico-melancólica tocante e, curiosamente, perfumada.
Dando generosa ênfase a essa ambiência sensitiva proporcionada pela melodia introdutória está Catlea que, com sua voz rouca e suavemente grave, confirma o contorno entristecido extravasado pela sonoridade. Dramática e com respingos de um senso lancinante, a canção apresenta uma personagem lírica em plena angústia, enquanto deseja, em um desespero quase entorpecente, fugir, escapar, sair de um cenário que consome toda a sua vivacidade natural.
Surpreendentemente, quando a canção atinge um primeiro ponto instrumental, ela assume uma silhueta curiosamente dançante, enquanto a protagonista aparentemente acaba se conformando com sua situação introspectiva e sofredora. Claro que, como uma pessoa que convive com intensas dualidades emocionais, a personagem tem rompantes de raiva como súbitos de consciência que a fazem, novamente, ansiar por escapar da melancolia.
Crumbling é, portanto, uma canção em que Catlea encanta o ouvinte com sua melodia minimalista, mas bem trabalhada a ponto de despertar as emoções propostas pelo lirismo. Transparente e intensa, a obra tem uma energia curiosamente comovente ao mesmo tempo em que atinge ápices de dramaturgia melancólica.
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