Sua natureza é aveludada, tranquila, calma. Por meio de suas notas serenas e capazes de oferecer ao ouvinte uma atmosfera entorpecente e transcendental, o teclado consegue, também, fazer com que todo o ambiente seja regido por uma energia introspectiva e tocante. Rapidamente, o instrumento passa a ser acompanhado pelo violino, instrumento esse que torna todo o cenário em uma pintura dramática e chorosa. Delicada em meio à sua maturidade etérea de sensualidade inebriante, a faixa-título é como a melodia que acompanha uma fábula não verbal. Uma mitologia em que sua respectiva história é contada por meio de cada imaginação construída pelos ouvintes que se aventuram pela sua audição.
É não apenas interessante, mas até mesmo impressionante a maneira como a guitarra, por meio de seus riffs curtos e ecoantes, fazem com que a atmosfera seja agraciada por um profundo e visceral senso de nostalgia. Capaz de fazer surgirem lágrimas de fluidez naturalmente orgânica, o instrumento desperta toda aquela dor de saudade há muito trancafiada nos confins emocionais do ouvinte. É como a libertação daquilo que restou do luto. Um luto não necessariamente ligado à morte em sua forma léxica, mas ao distanciamento físico, ao rompimento de relações. Com sua postura gentil e compassiva, portanto, a guitarra, na companhia dos pulsos bem posicionados do baixo fornecendo lapsos de consciência, Farewell se configura como uma doce, generosa e tocante canção de despedida.
Como um álbum instrumental, é um dever que ele seja capaz de despertar o máximo da sensibilidade do ouvinte através de suas canções. Felizmente, E C H O é muito mais que isso. Como dito na interpretação de sua primeira faixa, o álbum soa como a sonorização de uma fábula não verbal. Uma fábula que trata de todos os assuntos e dá liberdade a todos os tipos de emoções. Da delicadeza à nostalgia. Do sofrimento à dramaticidade, o material representa, com sua natureza branda e etérea, o cerne das emoções, represadas ou não, de sua audiência.
Além das duas primeiras faixas, as quais muito representam sua essência, E C H O também é denso em títulos como Our Voices, A Few Seconds e Ghost Waltz pela simples razão de, ao mesmo tempo, explorarem a dramaticidade visceral e uma atmosfera hipnotizantemente fantasmagórica. Elas arregimentam, definitivamente, o fato de o álbum ser um material marcante.
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