Sua sonoridade introdutória evoca curiosos sensos esotéricos e transcendentais a partir de um sonar que parece ter origem sintética em sua maciez. Cenograficamente, com o auxílio da entrada do vocalista em sua interpretação lírica branda e sussurrante, o ouvinte tem, diante de seus olhos imagéticos, uma paisagem bucólica abraçada por densas camadas de neblina envolvidas por um céu crepuscular preenchido por tons místicos.
Conforme novos elementos sonoros vão sendo introduzidos, a sensibilidade do esoterismo ganha ainda mais peso, enquanto a paisagem começa a receber, com mais firmeza, os raiares de luz solar despertando a vida. Ganhando corpo através de um baixo de groove bojudo e ritmo por meio dos golpes sequenciais no prato de condução, a canção passa a ser mais espirituosa, enquanto, simultaneamente, assume uma crescente energética.
Explodindo em uma estrutura rítmico-melódica visceral, com notas dramáticas e envolta em boas doses de torpor, On A Death Ride, enquanto se matura como um produto rock alternativo, acaba evidenciando a consistência e a sincronia existente entre os músicos da Pochenski. Uma música de início calmo, mas com surpresas harmônicas que valem a atenção, ainda que o que salte aos ouvidos seja o sonar sequencial aveludado, agudo e ondulante que parece vir do sintetizador.
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