O piano que puxa a introdução se apresenta por meio de uma postura cabisbaixa e intensa em seu comportamento choroso. Trazendo consigo uma paisagem monocromática em um céu de tom acinzentado, o instrumento propõe uma delicadeza um tanto visceral, enquanto explora certas nuances melancólicas.
O curioso é notar que, em determinados momentos de sua movimentação introdutória, o instrumento exala um sonar que rememora aquele visceral desenhado por Amy Lee no amanhecer de My Immortal, single do Evanescence. Aquém dessa breve similaridade, o piano acaba fornecendo menções de um veludo levemente sensual agraciado por uma atmosfera jazz bastante embrionário, mas, ainda assim, perceptível.
Assim que o primeiro verso se inicia, o ouvinte tem, finalmente, a chance de degustar o timbre de Lorna Reid. Agudo, mas com uma força delicadamente imponente, ele vem sob uma interpretação lírica de fato dramatúrgica. De caráter sensível, Sweet Baby Blues, enquanto mistura detalhes R&Bs através de sua base jazz, traz consigo um interessante conforto. Esse aconchego é, por sua vez, sentido através de uma energia cuidadosamente nostálgica que é transpirada da conjuntura sonora garantida no decorrer da canção, a tornando um produto penetrante e atraente. Não é difícil para o ouvinte, a partir dessa experiência sensorial, se reconectar com determinados momentos da vida com certo grau de gratidão.
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