A distorção da guitarra, bem como o baixo em sua forma surpreendentemente madura, funcionam como um eco sob a forma de elementos responsáveis por puxar a introdução e criar ligeiras menções de expectativa por parte do ouvinte. Não demora muito para que o enredo lírico comece a ser desenhado por uma voz feminina de timbre afinado em seu tom grave.
Anna Thoresen vai dando à atmosfera da canção uma paisagem capaz de ser, ao mesmo tempo, introspectiva e entorpecente em meio ao seu dulçor. Em meio a um ecossistema de estrutura minimalista a ponto de beirar um cenário acústico, a sonoridade vai assumindo para si um caráter espiritual e esotérica que captura, com gentileza, a atenção do espectador.
Baseada na experimentação de texturas por meio da junção de sonoridades que passam a preencher sua paisagem melódico-cenográfica, a canção torna interessante o fato de que, conforme a sonoridade vai se desenvolvendo, a paisagem da obra recaia sobre um cenário fantástico. Sonhador. Nesse ponto, é como se a faixa fosse um produto musical do desejo da protagonista. Um desejo que, em Dear Soulmate, se finca na imagem imagética de um parceiro perfeito apenas esperando o momento de ser encontrado. É assim que Anna faz, da composição, um retalho de vontades acerca da figura de seu príncipe encantado.
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