Marcada por uma atmosfera delicada e fresca, a canção não consegue escapar de certas nuances sensoriais melancólicas. Pegajosas e contagiantes, elas estão presentes no suor de cada nota proferida pela guitarra em meio à sua desenvoltura delicada. Na forma de um indie rock suspirante, é interessante perceber que, imerso em uma densa vulnerabilidade, a obra ainda deixa escapar generosos sinais de crueza estrutural.
Com bom corpo melódico graças a um baixo de envolvimento saliente e preciso em seu viés bojudo, a canção é agraciada por uma bateria de levada frágil e por um vocalista que completa o âmbito harmônico-melódico com um timbre agradavelmente agridoce. Em sua versão rock, December acaba, por meio da musicalidade de Nick Granelle, soando como uma composição simplesmente inédita.
