A dupla holandesa Disdarken formada por Alan V. Niculae e Nick Carmine, deu as caras em 2025 com os singles “A Part From Darkness” de 8 de fevereiro e “Droid” de 21 de fevereiro. Neste momento, o duo com influências de música eletrônica promove a sua nova canção chamada “Alone”. O que pudemos apurar acerca disso é que estes singles estão pavimentando estrada para o lançamento do primeiro álbum intitulado “Keep The Dark Inside”. Pode ser que essa ideia tenha aflorado há pouco tempo, mas se sabe que esse projeto entrou na pista em 2020 em meio ao terror da COVID-19.
Inspirados pelas causas e efeitos depressão, os músicos europeus inseriram em “Alone” algo que pudesse representar essa doença tão proeminente na sociedade. A sua letra reflete a solidão de quem vive preso dentro dos seus próprios sentimentos. Talvez o momento em que o mundo viveu durante período da pandemia serviu para referenciar o raciocínio do tema, mas é evidente que existem várias causas. Em todos os cantos, jornais TVs, rádios e internet só se viam desalento, morte, dor e sofrimento em um cenário de total tristeza e desespero. “Acho que só queríamos expressar o quão simples e direta a depressão de uma pessoa pode ser”, declara Alan.
Ao que parece, o Disdarken transferiu aos sintetizadores todo esse clima com um som denso, introspectivo e atormentador. “Alone” é alguém que, sozinho, pede socorro. Musicalmente, a canção navega pelas águas do pós-punk, mas com um salto de qualidade na produção. Sabemos que a acidez e complexidade foram adjetivos presentes nesse cenário entre os anos oitenta e noventa. Carmine, que é o responsável por esta produção, não desprezou essa essência e até limou muita coisa que estaria no resultado final. No entanto, a atmosfera, as expressões e emoções não resvalam a pretensão do artista.
“Alone”, que é oficialmente o single de “Keep The Dark Inside”, nos mostra o quanto há qualidade musical no meio underground. Substancialmente, esta é um tipo de música onde a melodia é bem aplicada e que não faz ninguém mexer a bunda. Em contrapartida, nos leva a reflexões profundas sobre o abandono da natureza humana, desalento social e importância da atenção psicossocial às pessoas. A forma como essas diretrizes são retratadas indiretamente aqui, faz o ser humano pensar, agir e proteger o próximo. Além de possuir perfeição musical, “Alone” leva ao ouvinte uma pauta essencial à humanidade remanescente.
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