Latidos e respirações caninas são ouvidas ecoando por um ambiente aparentemente inóspito. De repente, se percebe que o que se ouviu consistiu na reprodução do som por computadores. Curiosamente, a canção, conforme se desenvolve ainda nos seus primeiros instantes, vai assumindo silhuetas dançantes e sintéticas por meio de um sonar levemente ácido.
Rapidamente, o beat se torna mais intenso e bem marcado em sua cadência acelerada, assim como a sonoridade passa a ser regida por ondulantes e hipnóticos subgraves que conferem um caráter alucinante ao ambiente. Mantendo os sonares ácidos, mas agora de forma pontual como forma de ao menos tentar ampliar seu escopo harmônico, Dogs On Acid possui poucos momentos de versos verbalizados, mas que já são suficientes para dar a noção do que, de fato, ela se trata.
Assim que uma voz masculina e levemente metálica surge em cena, o ouvinte pode ouvir o comunicado: “some have used these drugs to journey into the uncharted tunnels of the mind in search of medical and scientific truth”, o que o induz a entender que Dogs On Acid seja uma viagem pelo inconsciente incentivado por entorpecentes de caráter alucinante. Claro que, nesse processo, a melodia dissonante causa um furor esquizofrênico que também auxilia nessa trajetória da mente.
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