Uma voz masculina de locutor rompe o silêncio inebriante oferecendo uma embrionária linha lírica sintética. Inserida como uma forma de introduzir o ouvinte perante o ambiente prestes a ser evidenciado, tal narrativa acaba, consequentemente, instigando o interesse e a atenção da audiência, a fazendo adquirir densas expectativas.
Assim que ela de fato se inicia, é tomada por uma curiosa energia sombria e digitalizada. Por meio de uma voz feminina de caráter doce e sintético a tal ponto de beirar a estridência, a obra promove ligeiros sensos de torpor enquanto mergulha em uma estética generosamente crua.
Crescendo de maneira a explorar o seu viés propositadamente dissonante, fator que causa um consequente senso de desconforto e, portanto, incômodo, a faixa passa a caminhar pelo sombrio de forma mais enfática. Monossilábica e de origem sonora ácida, a obra faz com que, definitivamente, a morfina, a alucinação e o senso de embriaguez sejam detalhes iminentes que transformam por completo a experiência do espectador em meio a tal paisagem.
Densa e beirando uma espécie de synth-pop urbano tal qual acontece com as canções creditadas à dupla russa t.A.T.u, Down traz harmonias industriais anestesiantes e uma atmosfera curiosamente contagiante. Com ela, é certo que Consequential conseguirá causar um impacto significante na indústria musical.
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