A cura através da música é uma realidade em vários aspectos. Na verdade, essa prática é uma celebração da união entre a arte e ciência. A dupla Silvermouse sabe disso e encontrou meios para beneficiar as pessoas com a sua arte terapêutica. Este álbum, “Beyond”, por exemplo, é o quarto lançamento ‘full-length’ e em suas oito músicas, o que se tem é um conjunto de sons e vibrações que, de acordo com a necessidade, cativa fãs da arte abstrata ao mais simples amante da música. No entanto, você precisa sentir tanto quanto ouvir cada sonoridade emanada.
Sobre as composições, o multi-instrumentista Justin Handley (guitarra, violino, bandolim, flauta, cavaquinho e flauta doce) e Joanne Hunt (elementos eletrônicos) fazem uma parceria que dá certo há quinze anos. A especialidade de cada um enriquece o menu de opções musicais, embora todas as músicas projetem no ouvinte a sensação de ouvir apenas uma. Este casamento entre o tradicional e o moderno pode ser definido como uma peculiaridade destes músicos, pois esse encontro entre o tradicional e o eletrônico chega a ser uma referência ao duo. Pensando nisso, entende-se que a capacidade criativa de Justin e Joanne ultrapassa grandes barreiras.
A partir de “Druids Rising”, que é a música que abre o álbum, a coisa começa a se entrelaçar ao longo de seus mais de doze minutos. Mas, como dito antes, o tempo de cada tema se torna irrelevante, pois intervalos numa obra como esta podem até comprometer a meditação, ou mesmo a sensação de viajar por longas ondas sonoras. Portanto, a divisão nesse sentido não beneficiaria a produção e nos privaria de muitas coisas, porém até existem sonoridades aqui que podem agir como despertador, como em “Lionsmane” com o seu arranjo de atabaques e “Tripgnosis” com o seu groove acentuado e um gostoso solo de guitarra.
De toda maneira, o entrelaçamento das sonoridades sempre te conduzirá a um estado de relaxamento para a cura do cansaço, estresse, sobrecarregamento mental e até te ajuda na mentalização das coisas. Ainda sobre este álbum, falta você saber que ele foi gravado ao vivo em uma Earthship, assim o som é captado com mais essência e honestidade. Talvez seja por isso que, em músicas como “Brew 42”, a melodia da base eletrônica com o contraste do solo de guitarra parecem bailar pelas ondas que eles mesmo criam. Magias assim você só encontra em obras especiais como esta.
Para ouvir o álbum “Beyond” na íntegra pelo Spotify, clique abaixo.
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