A atmosfera, antes mesmo de ela ser efetivamente evidenciada, já faz com que o ouvinte perceba a sua natureza digital e eletrônica. Transpirando desde então uma prerrogativa dançante que é capaz de ativar o interesse, o contágio e a expectativa de seus próximos passos sonoro-narrativos, a obra até que não demora em mergulhar perante uma cenografia de natureza de fato envolvente e, surpreendentemente, sedutora.
Guiada por uma voz masculina de timbre agradavelmente grave em sua afinação vinda de DALE, a composição vai exaltando certo grau de sensualidade audaciosa que prende a atenção do espectador. Para os ouvidos mais atentos, é possível notar um sotaque diferente vindo da dicção do vocalista, o que dá à obra um caráter charmoso e até mesmo excêntrico.
Resultado da origem italiana de DALE, o sotaque com gosto de península itálica dá à obra, portanto, um charme extra, o que favorece no engrandecimento de sua capacidade perante a arte do encantamento. Trazendo a sensação de êxtase para o centro dos holofotes, Moonlight traz um ar misterioso perante a sua capacidade de, por meio da interpretação lírica provocante do vocalista, capturar, com maestria, a magia da arte da sedução em meio a um cenário noturno e cheio de vida.
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