Com três álbuns simplesmente sensacionais, o veterano fusileiro naval e guitarrista René Benton, lança uma obra muito legal chamada “2 Live in O-Ma-Haw; Lyvv in Omaha”. Este disco ao vivo confirma o poder e intimidade que o músico de Nebraska (EUA) tem com o seu instrumento. Bem sucedido em turnês, o americano chamou para este show em sua cidade os amigos Troy Johnson (baixo), Todd Roberson (bateria) e Nidhal Keddah (teclados). O que você ouvirá neste trabalho é dose generosa do talento deste guitarrista e de sua turma, que contribuem para um cenário musical mais agregador à arte e à diversão.
Durante a introdução do álbum, chamada “Xpressions (Live)”, sentimos um pouco de expectativa pelo que virá em seguida, pois em estúdio, Benton consegue impressionar sumariamente. Na sequência, elementos sintetizados entram em ação com “PUSH/PULL (Live)”, uma execução matadora de metal melódico com solos de guitarra muito simpáticos. Aqui, a atmosfera já gera empolgação e, além de o show possuir vários samples em introduções como as de “EAST MEETS WEST (Live)”, a essência aqui segue orgânica e tempestiva. Nesta música, em especial, Benton introduz algum elemento que lembra a cultura oriental ou indiana, embora o seguimento tenha uma base ocidental.
Talvez possamos inserir o nome de René Benton ao patamar de guitarristas virtuosos como Steve Vai e seu ex-professor Joe Satriani, afinal em algumas músicas como “GREEN LIGHT GO (Live)” um pouco dessas referências repousam nos acordes. Entretanto, os solos de Benton levam a sua assinatura. A melodia corre solta na música deste americano, mas complexidades também aparecem em bons momentos, como na cozinha de “NATION OF STRUGGLE (Live)” onde a bateria e teclados metem um ska maroto enquanto o guitarrista derrama talento com solos deliciosos. A galera que gosta de algo mais clássico pode agradecer ao músico por “INNER CITY BLUES (Live)”.
Na sequência, alguns atabaques trazem “LOVE IS PAIN (Live Radio Edit)” que, assim como o título diz, foi editada para tocar em rádios. A música é melódica com um vocal grave em destaque. Contudo, técnicas mais agudas e falsete completam a sessão lírica. Depois disso, “HALO OR THE HORNS (Live)” chega trazendo uma porção a mais de versatilidade e harmonia, tendo como fundo um teclado lindo e um baixo charmoso no suporte. Por falar em baixo, as quatro cordas fazem bom trabalho em “STEPPIN’OUT (Live)”, que é uma das mais cadenciadas do álbum. Quer ouvir um trabalho perfeito sem fritação? Ouça este.
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