Ainda que a atitude, e o som um tanto ruidoso, sejam mais voltados para o punk rock, é inegável que o clima das composições da banda seja mais direcionado ao que se viu em bandas como Smiths, Killing Joke, Pere Ubu ou Jesus And Mary Chain, para citar alguns exemplos.
Com a encantadora e suave voz de Emma “quebrando” a vibe mais tensa de Back To Blue, a canção toma nuances muito interessantes que geram uma boa dúvida se, a cada audição, temos plena certeza de tê-la ouvido com a mais merecida atenção.
Back to Blue prova que uma composição não precisa, necessariamente, ter milhares de andamentos e convenções para ser considerada bem planejada.
E é justamente na simplicidade que a banda vê seu ápice de compor de maneira de maneira sólida e com linhas muito criativas, aproveitando bem de efeitos e distorções para dar toda uma coloração especial ao estilo e acentuando, de forma brilhante, o “sotaque” britânico que caracterizou tantas, e consagradas, bandas nas mais diferentes décadas.
Podemos até nos atrever a dizer que Emma Ad The Fragments poderia ser uma mistura muito intrigante da atitude rude das Runnaways com a suavidade de Siouxsie and the Banshees e The Cranes.
A banda é uma grata surpresa aos que gostam da boa música britânica alternativa em sua mais pura raíz.
Back to blue vale mito a pena por cada segundo em que é percorrida e se transforma num ótimo chamado para todas as outras músicas do EP de onde foi tirada como faixa de trabalho, o delicioso Smile ‘Til It Hurts.
Emma and The Fragments pode ser encontrado em:
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