Ela já nasce contagiante. Com uma espécie de estrutura pop ao estilo Maroon 5, a canção já é puxada por um timbre grave que se mistura por entre falsetes bem executados na companhia de sonares pontuais de violino. Nessa atmosfera, Joshua Pearsltein não perde tempo e acaba por desfilar requintes de um curioso ar de deboche por meio da pronúncia dos versos líricos.
Entre sonares fétidos e estridentes, os quais evidenciam a mistura também de ambientes melodicamente eletrônicos, Pearlstein, com sua essência tonal bastante púbere, acaba fazendo de Endorphins uma canção curiosamente dançante. De cenário noturno saliente, a canção ainda consegue comunicar uma sensualidade marcante, ao passo que evidencia um quesito interessante.
Seu início não foi estruturado de uma forma convencional. Afinal, ele já foi despertado com o refrão, mostrando, assim, certo grau de audácia por parte de Pearlstein. A partir dela, o cantor acabou por trazer, desde o início, toda a essência da composição. A sensualidade fundida com deboche e requintes de descompromisso e notas ligeiras de sofrimento.
O mais interessante nesse aspecto é que Pearlstein acabou por, também, apresentar ao ouvinte a sua própria essência. Seu lado emocional, em, Endorphins, foi escancarado enquanto o cantor apresenta, sob uma batida pop, um enredo curiosamente sofrido que destaca um coração machucado a partir da rejeição por parte de uma garota.
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