Não é difícil de se perceber a vertente sonora a qual a canção pertence. Afinal, desde seus primeiros instantes, a obra oferta uma transparência tão evidente que já deixa clara a sua imersão no campo da new wave. Ainda assim, é notável, também, a generosa fusão com a atmosfera dançante do synth-pop em meio ao seu caráter ácido-entorpecente.
Porém, quanto mais a canção se desenvolve, mais ainda é escancarado o fato de que o synth-pop acaba se sobressaindo drasticamente perante a new wave anteriormente identificada. Capaz de ser dançante mesmo através de sua cadência acelerada, a canção é, curiosamente, agraciada por um beat em cuja contagem do tempo é diferente daquela da melodia, criando, assim, um ousado contraponto temporal.
Enquanto a sonoridade excita e tira o ouvinte de seu eixo de equilíbrio, o beat, na ânsia de acompanhar a velocidade sonora, mas com uma postura evidentemente diferenciada, acaba ocasionando uma mistura entre alucinação e lucidez. Essa mescla sensorial é, inclusive, alimentada pelo enredo lírico, o qual é narrado por uma voz de timbre delicado e suavemente metálico que se apresenta quase que de uma maneira hipnoticamente sussurrante. Com essa arquitetura, Bunker Man se configura como uma faixa hipnótica graças, principalmente, ao seu viés eletrônico-progressivo.
Mais informações:
Spotify: https://open.spotify.com/intl-fr/artist/5xzCpja40rDDtReQ38R4pF
Site Oficial: http://energywhores.com
Facebook: https://www.facebook.com/armyoftheinsane
Twitter: https://twitter.com/EnergyWhores
Soundcloud: https://on.soundcloud.com/vTCZx
Bandcamp: https://energywhores.bandcamp.com
Instagram: https://www.instagram.com/energywhores/