É surpreendentemente belo ver como a junção de violino proporciona desde um aroma densamente bucólico a uma esfera folk adocicadamente contagiante em suas frases chorosas. Quando o violoncelo surge tremulante na base melódica, quase como se estivesse pedindo licença aos companheiros para ocupar seu respectivo lugar, a canção surte uma interessante fusão entre as estéticas de composição de Mozart e Beethoven por haver, ao mesmo tempo, despropositados toques de deboche junto à seriedade.
Além do violoncelo ainda trazer uma despropositada familiaridade melódica também com o tremular do sintetizador de Pete Towshend no despertar de Baba O’Riley, single do The Who, é ele quem destaca o cenho assisado de Haugelåt. Ainda assim, a canção chama a atenção por conseguir desviar tal comportamento por aderir, frequentemente, em frases de uma fluidez leve
e doce que proporcionam ao ouvinte a construção de uma paisagem celta de séculos passados.
O mais interessante é perceber como os músicos conseguem retirar, de seus instrumentos, diferentes texturas a partir de técnicas exóticas de se retirar, deles, sonares secos e de profundidade aguda. Difícil o ouvinte não se perder no dulçor e na delicadeza de uma melodia que transporta o espectador no além-tempo com bastante gentileza.
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