É curioso. Afinal, enquanto a sonoridade inicial confere à atmosfera um caráter puramente sintético, ela consegue explorar uma certa delicadeza de conotação confortável por entre seu interessante senso nostálgico. De essência solar, o sintetizador, ao lado da guitarra que assume certo protagonismo, ainda que tímido, na melodia, consegue oferecer uma paisagem enérgica e até mesmo esperançosa por meio de um horizonte límpido.
Conforme se desenvolve e se desprende da introdução, a canção passa a ser preenchida por uma voz aguda e nasal que inicia, delicadamente, a tarefa de desenhar os primeiros sinais de enredo lírico. Vinda de Edie Yvonne, essa mesma voz coopera para que a canção adquira contagiantes pitadas de pop punk a ponto de trazer uma espécie de frescor retro que rememora a paisagem estética dos anos 2000.
Misturando, no entanto, traços de new wave nesse pop punk de caráter saudoso, Epitome não consegue esconder, inclusive, sua base rítmica calcada em uma estrutura pop. Tal ingrediente é o responsável de fazer, da canção, um produto de sabor açucarado e de arquitetura grudenta.
Apresentada como a canção mais intimista e emocional do repertório de Edie até o momento, Epitome é onde a cantora explora as maneiras de se chegar em alguém. É aí que a faixa destaca um perfume aromaticamente romanceado em meio a um enredo cheio de ingenuidade e pureza no que tange os primeiros passos do flerte.
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