O violão não traz consigo apenas generosas e sentimentais notas de frescor. Ele é capaz de fornecer, também, uma delicadeza tão intensa que chega a até mesmo ser palpável pela sua profundidade emocional que, curiosamente, oferta sensos de melancolia. Minimalista, a introdução, contando apenas com o citado instrumento preenchendo o escopo melódico, se embebe em uma estética tocante que chega a ser lacrimal.
Curiosamente, assim que entra em sua segunda parte, o amanhecer passa a ofertar novas texturas e sabores. Com a entrada do teclado com suas notas adocicadamente ácidas e de cunho levemente esotérico, além da guitarra, que com seu viés introspectivo, traz veludo embebido em torpor, essa parte sonoro-narrativa se torna ainda mais sensorial e emotiva.
No momento em que o primeiro verso enfim tem seu início, o ouvinte se desprende, mesmo que levemente, de seu estado de profundo torpor com o auxílio de uma voz masculina de timbre ligeiramente áspero. Se apresentando perante uma postura intimista, Zachary Mason, sem delongas, dá vida a um enredo lírico capaz de tirar lágrimas do ouvinte por, a cada palavra proferida, uma memória emocional ser despertada e mentalmente reexperienciada.
Com sua estrutura melódica inquestionavelmente folclórica em sua máxima essência, Fathers é uma canção que desperta um sentimento de saudade, mas também de gratidão, para com a figura paterna. Mais do que se concentrar na significância da palavra paternidade, a faixa evoca profundas emoções associadas com os laços familiares.
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