Impressiona a maturidade musical desprendida pelo Feigur nesses quinze anos de estrada! De uma banda de black metal com intentos atmosféricos e lúgubres, para uma coesão sonora ainda pesada mas carregada de uma gama de arquétipos progressivos: eletrônica, incisões ambient, drone e alternative, consistindo uma simbiose instrumental de proporções apocalípticas, um caos devidamente instaurado em canções arrebatadoras em seu conceito primal, que é a jornada pós-morte devidamente alicerçada nos processos de dor, luto e cura!
“III, Ascension” é um primoroso encadeamento de nove faixas absolutamente irrepreensíveis, álbum que consta com sobras como um dos grandes momentos lançados nesse ano! “I Déchirements: No. 1, Aboutissement” inicia os trabalhos com uma progressão soturna de sintetizadores basicamente mântrica que recebe o ataque de guitarras pesadas e clima de devastação, juntamente com um avassalador processo ambient, que realmente nos leva para uma viagem sensorial retratando todo o processo incensado na temática. O clima de fim dos tempos carregado de rara beleza melódica que se impõe pelo minimalismo dos detalhes, é simplesmente SENSACIONAL, uma jornada irrepreensível de mais de seis minutos!
“I Déchirements: No. 2, Séparation” carrega um ar de trilha-sonora underground absurdamente sedutor, construindo imagens cinematográficas que carregam tensão embalados em futurismo distópico e assustador simultaneamente. Uma marcha fúnebre carregada de permeios ambientais preciosos, que ressignificam totalmente a viagem concebida. A próxima fase com “II Deuil de soi, deuil de l’autre; No. 1, Sous le marbre” traz uma intensidade que exala cores mais claras, apesar do crescente instrumental acrescido de pianos eruditos, que proporciona uma outra explosão sonora amplamente arrepiante em seu questionamento de ordem sinergética. A quantidade de sensações exauridas neste registro, realmente impacta qualquer ouvinte que se permita a experiência proposta! A fase III do conceito, inicia com a “emotivamente caótica”, “III : Apaisements: No.1, Au dessus des steppes”, envolta com “tiros industriais” e depois uma base tribal carregada de um intento que remete a new-age, absolutamente MAGISTRAL! Aliás, chega de destacar faixas, esse disco PRECISA ser contemplado em todo o seu fantástico encadeamento, de uma tacada só, porque trata-se de uma GRANDE obra-prima, IMPERDÍVEL! Disponibilizado abaixo, o bardo francês Feigur com “III, Ascension”:
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