Algumas músicas apenas soam bem; outras, como “On & On“, de Filiah, sabem exatamente onde tocar — e o fazem com precisão melódica e lírica.
No embalo de uma bateria persistente e vocais que sussurram com franqueza, a artista austríaca dá forma a uma confissão dançante, onde versos de vulnerabilidade coexistem com uma produção que pesa para os anos 70.
Ao transformar a vergonha em trilha sonora, Filiah não apenas expande os limites do indie-folk: ela transforma a escuta num ritual doméstico de liberdade, provando que até o ordinário pode ser coreografado com coragem.
Confira: