A guitarra, por si só, já traz maciez e sensualidade com um toque de malandragem sínica. Com o auxílio do piano desenhando a base melódica com igual senso de provocação debochada, a canção, enquanto tem sua base sonora em constante linearidade consistente através da desenvoltura do baixo, transpira um frescor que flerta com as paisagens rítmicas do folk, do blues e, até mesmo, do southern rock.
Por meio do lirismo interpretado de maneira sussurrante pelo vocalista, a atmosfera ganha toques extras de sensualidade. De cunho lírico interessantemente divertido, Garbage And Gold acaba garantindo, conforme se desenvolve, um curioso senso entorpecente que captura até o mais alto pico de consciência do espectador.